Nutrição

Dia das Crianças: hábitos alimentares saudáveis contribuem no desenvolvimento infantil

Foto: Monique Amboni/Divulgação

A alimentação das crianças vai muito além de um simples prato. É preciso criar uma rotina em oferecer alimentos saudáveis e até mesmo colocar a mão na massa. E entre os alimentos essenciais para o desenvolvimento de hábitos saudáveis estão os produtos à base de arroz, como as farinhas e bebidas vegetais, que por serem hipoalergênicos, podem e devem estar presentes no prato dos pequenos diariamente. De fácil consumo e preparo, fazem parte do grupo de carboidratos que garante energia e componentes nutricionais essenciais para que a criança se desenvolva desde os primeiros anos.

Neste Dia das Crianças, comemorado no sábado, dia 12, é importante reforçar a atenção com os alimentos que as meninas e meninos estão consumindo em suas principais refeições, principalmente no caso daqueles que possuem intolerância ao glúten. Além disso, segundo levantamento realizado pela Universidade Federal do Rio de Janeiro em 2021, 80% das crianças do Brasil, de até cinco anos, costumam consumir alimentos ultraprocessados, como biscoitos e refrigerantes. No entanto, optar por alimentos mais saudáveis desde cedo, fará com que os pequenos desenvolvam um melhor funcionamento dos seus organismos.

Neste cenário, como afirma a nutricionista infantil e especialista em dificuldades alimentares, Gabriela Búrigo, os pais não devem ver o arroz e os alimentos originados dele como vilões na dieta do filho. Segundo a nutricionista infantil, 50% da alimentação do dia dos pequenos tem que possuir algum carboidrato. “É o arroz consumido, seja em grão, farinha ou bebida, que vai dar energia para as crianças brincarem durante o dia”, ressalta.

Os bons hábitos alimentares são gerados na infância, aprendendo desde cedo que comidas saudáveis são essenciais para um crescimento fortalecido. A nutricionista alerta, ainda, que mesmo que os pais das crianças não comam determinada comida, é necessário que mostrem à criança o alimento para que ela o conheça e o experimente. “É importante que os pais saibam que quando introduzimos os alimentos à base de arroz na alimentação dos filhos, eles crescerão nutritivamente bem, e, consequente, serão adultos mais saudáveis”, explica.

Glúten na alimentação das crianças

Em seu consultório no Espaço Naturae, Gabriela comenta que, apesar de em algumas situações o diagnóstico da Doença Celíaca em crianças demorar a acontecer, em todas as suas receitas, utiliza farinha de arroz RisoVita, por priorizar uma cozinha inclusiva, sem glúten.

Para a nutricionista, as produções feitas com as farinhas de arroz não possuem diferença de sabor das feitas com a farinha tradicional. “As crianças com intolerância ao glúten se sentem mais leves quando comem uma farinha de arroz da RisoVita, por exemplo. Em nossas receitas, para incrementar um muffin, colocamos outros cereais e nutrientes, sem deixar de lado o sabor gostoso do tradicional”, evidencia.

Aprender de forma lúdica

A aprendizagem das crianças acontece por meio de cores, desenhos, imagens, vídeos e principalmente, pela prática. Gabriela conta que o seu método para incentivar os pequenos de quatro a 10 anos a introduzir a farinha de arroz na rotina alimentar é por meio da ‘escalada do comer’ – utilizado na Escolinha da Nutri, no programa de Educação Alimentar Nutricional, em que o aprendiz é envolvido no preparo e na higienização dos alimentos, para se sentir confortável em degustar aquele prato preparado por ele mesmo.

Durante as aulas, os alunos aprendem o que é e como age um carboidrato, que é a principal característica do arroz, no organismo humano. “Trabalhamos todos esses significados nas atividades, nos desenhos e na prática. Além disso, para ajudar, usamos fôrmas em formatos de estrela e coração nas confecções de muffin, como o de arroz verde nutritivo. Além do cereal, usamos couve, cenoura, milho e brócolis”, acrescenta.

Depois de terem cozinhado as receitas, as meninas e meninos levam para casa o prato preparado para que toda a família passe a consumir alimentos saudáveis e sem glúten. “Hoje eles querem mesmo o brincar de comidinha. Mas, nós que realizamos um estudo por trás para trazer todas as informações nas aulas teóricas, queremos que a família faça parte desse processo de desenvolvimento que é muito importante”, esclarece.

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