Apesar da corrida dos consumidores para supermercados e postos de combustíveis nos últimos dias, entidades que representam os setores de combustíveis e alimentos garantem que não haverá falta de produtos à disposição dos gaúchos em tempos de enchente. Tanto a Associação Gaúcha de Supermercados (Agas) como o Sindicato Intermunicipal do Comércio Varejista de Combustíveis e Lubrificantes do RS (Sulpetro) apontam que existem problemas de logísticas a serem superados por conta da situação das estradas.
Segundo o presidente da Agas, Antônio Cesa Longo, o setor está vivendo uma situação atípica e que os transtornos estão regionalizados e que a principal preocupação da entidade é preservar vidas. “Quanto à possibilidade de desabastecimento geral, não existe esse problema. Existe sim a questão logística. No momento que se desobstruírem alguns acessos, a situação será normalizada. A realidade é essa, quanto ao alimento as pessoas podem ficar tranquilas, que tem muitas opções de produtos nos supermercados”, pontuou.
Apesar disso, Longo confirma que há frigoríficos ilhados e caminhões carregados com hortifruti para entregar aos supermercados que estão trancados nas estradas, sem conseguirem chegar. “Muitas pontes tiveram queda, existem problemas de comunicação com supermercados. Então vamos ver se cada dia teremos novidades”, completou.
Já a Sulpetro confirmou em nota que as empresas estão enfrentando problemas para realizar o carregamento dos produtos nas bases. Segundo o presidente do sindicato, João Carlos Dal’Aqua, a quantidade de combustíveis que está estocada nas bases é suficiente para atender o RS, mas a maior dificuldade é que estes produtos cheguem nas cidades com difícil acesso.
“Porto Alegre está sendo atendida normalmente. É claro que vai dar sempre um descompasso quando a procura é maior do que a oferta, então algum posto pode ficar sem produto mas o outro vai ter. Isso é parte dessa desestruturação de logística. Então não é problema de falta de produtos. É importante que a gente ressalte ao consumidor que ele não precisa correr aos postos. Não vai ter falta de produtos nesse sentido. Mgora é uma dificuldade que todos nós vamos ter que aprender a superar”, destacou.
Correio do Povo