O setor do agronegócio vem calejado de outras safras, com excesso e falta de chuva e o cenário é gravíssimo, afirmou o diretor do Sindicato Rural, Henrique Nascimento. Segundo ele em 2024, as perdas com a soja já se aproximam aos 60% e o valor estimado já é de 200 milhões de reais, são perdas consolidadas que não tem mais volta. Junto vem a pecuária de corte com o prejuízo de 85 milhões de reais.
O histórico de perdas no setor do agropecuário já vem de quatro atrás. Henrique coloca que o endividamento do setor é muito alto, por isso reivindica a securitização, cujo projeto de autoria do senador Luiz Carlos Heizen já foi protocolado. A Fetag e a Farsul, entidades que lideram o setor, já estão atuando fortemente nisso. Existem cultivares de soja de ciclo médio tardio que ainda apresentam algum potencial, porém, não irão atingir produtividade máxima.
Nesta segunda (17) em Santiago e em outras cidades do RS os produtores fizeram uma manifestação, mesmo com chuva, culminando com a entrega da pauta de reivindicações junto ao Banco do Brasil, seguida de pronunciamentos. O diretor do Sindicato Rural disse que é o começo de uma caminhada longa.
Ainda na segunda, a Fetag esteve reunida com o governador Eduardo Leite, que reafirmou que o Rio Grande do Sul é um dos Estados mais afetados por eventos climáticos adversos e defendeu a necessidade de medidas emergenciais e estruturantes. Destacou ainda que 111 municípios gaúchos já solicitaram reconhecimento de situação de emergência devido à estiagem, dos quais 33 obtiveram homologação estadual. Leite também destacou as ações do governo que já estão em curso. O Estado tem um edital aberto para projetos de irrigação, com incentivo de 20% do valor do projeto, limitado a R$ 100 mil por beneficiário. Entre as demandas da Fetag está a Anistia das parcelas do programa Troca-Troca de Milho e do programa Forrageiras.
