Polícia

Servidor público é suspeito de apologia ao nazismo em Santa Maria, diz polícia

olícia Civil apreendeu objetos nazistas durante cumprimento de mandado de busca e apreensão em um imóvel de propriedade dele. Apologia ao nazismo é crime e prevê pena de prisão em caso de condenação

Objetos encontrados em propriedades do suspeito incluem símbolos nazistas e do grupo extremista Ku Klux Klan. Foto: Foto: Polícia Civil (Divulgação)

A Polícia Civil investiga um servidor público de 59 anos por apologia ao nazismo em Santa Maria. A identidade dele não foi divulgada.

O servidor atua na Fundação Estadual de Proteção Ambiental (Fepam), órgão que afirma ter aberto um Processo Administrativo Disciplinar (PAD) para “apuração da conduta e aplicação de penalidades” (leia, abaixo, a nota na íntegra).

Na quinta-feira (6), a Polícia Civil cumpriu mandado de busca e apreensão em um imóvel de propriedade do suspeito, que fica na Estrada do Radar, em Santa Maria. No local, foram identificados e apreendidos objetos nazistas, de acordo com a polícia, como: capacete, máscara de gás, pingentes e estatuetas.

Além dos objetos, houve a apreensão de telefones celulares. Os aparelhos devem passar por perícia.

O suspeito do crime não foi preso. Ele foi intimado a prestar depoimento na semana que vem na Delegacia do Idoso e Combate à Intolerância (DPICOI) da cidade.

Apologia ao nazismo é crime

A apologia do nazismo se enquadra na Lei 7.716/1989, segundo a qual é crime:

Praticar, induzir ou incitar a discriminação ou preconceito de raça, cor, etnia, religião ou procedência nacional. Pena: reclusão de um a três anos e multa – ou reclusão de dois a cinco anos e multa se o crime foi cometido em publicações ou meios de comunicação social.

Fabricar, comercializar, distribuir ou veicular símbolos, emblemas, ornamentos, distintivos ou propaganda que utilizem a cruz suástica ou gamada, para fins de divulgação do nazismo. Pena: reclusão de dois a cinco anos e multa.

Essa lei é respaldada pela própria Constituição, que classifica o racismo como crime inafiançável e imprescritível. Isso significa que o racismo pode ser julgado e sentenciado a qualquer momento, não importando quanto tempo já se passou desde a conduta.

Nota da Fepam

A Fundação Estadual de Proteção Ambiental (Fepam RS) informa que está ciente dos fatos, desde a notícia-crime, e atuando em colaboração com a polícia, que investiga o caso. Anterior à ação de busca e apreensão, executada pela Polícia Civil nesta quinta-feira (6/3), foi realizada a abertura de Processo Disciplinar Administrativo (PAD) para apuração da conduta e aplicação de penalidades, em âmbito administrativo, ao servidor investigado. Ressalta-se que a Fepam é uma instituição comprometida com os preceitos constitucionais de defesa do meio ambiente e em sua missão repudia com veemência qualquer forma de discriminação“.

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