Fechado por tempo indeterminado em razão da enchente, o Aeroporto Internacional Salgado Filho, em Porto Alegre, está no centro dos debates desde o começo das cheias, que assolaram o local e invadiram a pista e instalações dos terminais. Conquanto a água ainda não dá sinais de baixar, os prejuízos em viagens podem ser mensurados, embora os financeiros ainda sejam turvos. A média de passageiros afetados é de 491.322, entre os dias 8 e 30 de maio, enquanto os voos cancelados, entre pousos e decolagens, são calculados pela Fraport, empresa administradora do local, em 3.997.
Diariamente, o Ministério dos Portos e Aeroportos (Mpor) divulga em seu site um relatório sobre a situação operacional no Rio Grande do Sul. No final da tarde de segunda-feira, por exemplo, havia a informação de que um gerador estava instalado no local, porém com energia mínima, além de um heliponto no 8º andar do edifício-garagem para ações de resgate. O Salgado Filho está fechado ao menos até o próximo dia 30, conforme o aviso NOTAM emitido no último dia 6. A Fraport negou na terça informações em circulação que davam conta de uma possível data de reabertura do local.
Os combustíveis de aviação e demais foram realocados para a base aérea de Canoas, que está operacional. Na incapacidade de operação do Salgado Filho, aeroportos de outros sete municípios gaúchos, Caxias do Sul, Santo Ângelo, Passo Fundo, Pelotas, Santa Maria, Uruguaiana, além de Canoas, mais as cidades catarinenses de Florianópolis e Jaguaruna começaram, na semana passada, a receber mais aeronaves, enquanto em Chapecó/SC, há aumento de capacidade dos aviões.
O plano emergencial do Mpor prevê 116 voos extras semanais nesta primeira fase, sendo 88 no Rio Grande do Sul e 28 em Santa Catarina. Procurada para comentar os números, a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) orientou procurar o ministério, que, por sua vez, não se pronunciou.
Correio do Povo