A conta de luz do mês de agosto, que começa nesta sexta-feira (1º), vai pesar mais no bolso dos brasileiros. Isso porque a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) acionou a bandeira vermelha no patamar 2, o mais alto do sistema tarifário do país. Com a mudança, será cobrada uma taxa adicional de R$ 7,87 a cada 100 quilowatts-hora (kWh) consumidos. Anteriormente, a bandeira em vigor era a vermelha de patamar 1, que adicionava um custo de R$ 4,46 por cada 100 kWh.
Segundo a Aneel, a decisão foi tomada diante do “cenário de afluências abaixo da média em todo o país”, o que comprometeu a geração de energia por hidrelétricas e exigiu o uso de fontes mais caras, como as usinas termelétricas. O anúncio foi feito na última sexta-feira (25).
Até abril, a bandeira era verde, sem cobrança. Em maio, passou a ser amarela. Em junho e julho, vigorou a bandeira vermelha no patamar 1. Agora, com o início de agosto, entra em vigor o patamar 2, o nível mais elevado do sistema.
Bandeiras tarifárias
Criado em 2015 pela Aneel, o sistema de bandeiras tarifárias reflete os custos variáveis da geração de energia elétrica. Divididas em níveis, as bandeiras indicam quanto está custando para o Sistema Interligado Nacional (SIN) gerar a energia usada nas residências, em estabelecimentos comerciais e nas indústrias.
- Bandeira verde: condições favoráveis de geração de energia. A tarifa não sofre nenhum acréscimo;
- Bandeira amarela: condições de geração menos favoráveis. A tarifa sofre acréscimo de R$ 0,01885 para cada kWh consumidos;
- Bandeira vermelha — Patamar 1: condições mais custosas de geração. A tarifa sofre acréscimo de R$ 0,04463 para cada kWh consumido;
- Bandeira vermelha — Patamar 2: condições ainda mais custosas de geração. A tarifa sofre acréscimo de R$ 0,07877 para cada kWh consumido.
