Agricultura

Soja e feijão estão entre as principais culturas prejudicadas pela estiagem na safra gaúcha de verão

O arroz é a única que manteve variação positiva na comparação entre as perspectivas do início do ciclo 2024/2025 e o levantamento divulgado de 1,1%

Foto: Divulgação

Além das perdas na soja, a estimativa divulgada pela Emater/RS-Ascar apontou uma perda total de 20,1% na safra gaúcha de verão 2024/2025. A projeção original da colheita de grãos passou de 35 milhões de toneladas para 28 milhões de toneladas, conforme levantamento realizado pela empresa de extensão rural durante o mês de fevereiro. A baixa se deve à incidência do estresse hídrico no Rio Grande do Sul, a partir de dezembro. Os dados consideram a produção da oleaginosa e as lavouras de arroz, milho e feijão (primeira e segunda safra). Os dados foram apresentados nesta terça-feira, dia 11, na Expodireto Cotrijal, em Não-Me-Toque.

Da lista, depois da soja, o feijão tem a maior baixa em relação à projeção original – especialmente em relação ao desempenho de colheita para a segunda safra. O impacto calculado pela empresa de extensão rural é de retração de 38,6% na leguminosa mais democrática no prato da população brasileira.

Conforme os dados divulgados na feira agropecuária, o ciclo 2024/2025 iniciou com a expectativa de 29,6 mil toneladas para a segunda safra do feijão e a nova projeção é de 18,1 mil toneladas. O recuo acompanha a área de plantio que encolheu de 18.863 hectares para 11.913 hectares, uma variação negativa de 36,8%.

Na cultura do milho a variação negativa entre a projeção inicial e a atual é de 10,2%. A produção deve encolher no ciclo 2025/2025 de 5,3 milhões de toneladas para 4,7 milhões de toneladas. Mesmo assim, na comparação com 2023/2024 a projeção é de crescimento de 6,1%.

Conforme estimativa da Emater/RS-Ascar, a cultura do arroz é a única que manteve variação positiva na comparação entre as perspectivas do início do ciclo 2024/2025 e o levantamento divulgado de 1,1%. A produção deve ter um leve incremento de 8,04 milhões para 8,12 milhões. A área plantada ampliou de 948.356 hectares para 970.194 hectares, uma alta de 2,3%.

Na comparação com o ciclo 2023/2024, o cereal teve uma variação de 12,9% na produção, passando de 7,19 milhões de toneladas para 8,12 milhões de toneladas. A área plantada cresceu 7,8% de 900.203 hectares para 970.194 hectares.

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