Com o envelhecimento acontecem mudanças fisiológicas que afetam o mecanismo de controle da sede, fazendo com que especialmente os indivíduos idosos sintam menos vontade de beber água e aumentando significativamente o risco de desidratação, o que pode levar a uma série de problemas de saúde, como infecções, complicações renais e até mesmo quedas. O médico geriatra, diretor clínico e de operações do Cora Residencial Senior e supervisor do Programa de Residência de Clínica Médica do HSPE-IAMSPE, Felipe Vecchi, explica que é importante ficar atento aos sinais de desidratação nos idosos, como sensação de secura na boca e ardor no nariz e nos olhos.
“Nas pessoas idosas, o mecanismo que controla a sede é deprimido e elas têm aquela falsa sensação de saciedade, com menos vontade de beber água, fazendo com que o rim trabalhe mais e causando alteração em suas funções”, afirmou Vecchi.
O geriatra explica que é possível adotar estratégias para incentivar o consumo de água adequada:
Oferecer alimentos ricos em água: Incluir frutas e vegetais suculentos, como melancia, pera, tomate e cenoura na dieta dos idosos, pois eles ajudam a aumentar a ingestão de líquidos de forma natural.
Preparar águas aromatizadas: adicionar rodelas de frutas cítricas como laranja e limão, ou ervas frescas como hortelã à água pode torná-la mais atraente e estimular o consumo.
Variar os tipos de bebidas: além de água, oferecer sucos de frutas, chás, sopas e até mesmo leite, que podem ajudar a diversificar as opções.
Monitorar a ingestão: é importante que os cuidadores acompanhem de perto a quantidade de líquidos consumida pelos idosos, especialmente em dias mais quentes, e registrem a ingestão diária.
Atenção a idosos acamados ou dependentes: nesses casos, a equipe de Enfermagem deve ficar atenta aos sinais de desidratação, como mucosas secas, e administrar os líquidos de forma ativa, se necessário.
Ele finaliza alertando que é importante manter a ingesta de água regular, mantendo nível de hidratação adequado, conforme as recomendações médicas.