O caso recente de uma britânica de 22 anos que estava tendo um ataque cardíaco e, inicialmente, foi diagnosticada com ataque de pânico revela um perigo mortal para pacientes. Não se tem uma estatística que mostre o tamanho da confusão de sintomas, mas, uma avaliação detalhada do médico e a comprovação com exames podem ajudar a definir corretamente o diagnóstico e indicar o melhor tratamento, evitando mortes desnecessárias e outros tipos de sequelas.
“Tanto o ataque do pânico quanto o infarto, em determinado grau, podem apresentar sintomas semelhantes. Ainda mais para um paciente leigo no assunto que começa a sentir falta de ar, dor no peito, coração acelerado e transpiração excessiva. Por isso é importante a avaliação do médico”, avalia o cardiologista Marco Miguita, da Cardiocat, serviço de hemodinâmica em Londrina. No caso da britânica, Faith Harrison é professora de educação física e voltava de uma partida de hockey quando começou a passar mal.
Sem dar muita importância para os sintomas, meia hora depois ela foi até a casa dos pais com pressão muito forte no peito, braço esquerdo dormente e dolorido, além de um sentimento intenso de que ia morrer. Ao ligarem para a emergência, o atendente avaliou que parecia um ataque de pânico. Mas, recomendou ir a um hospital. Quando a jovem foi atendida e fez exames, o infarto foi diagnosticado. “É muito importante que o paciente seja submetido a exames como o eletrocardiograma para que se tenha uma avaliação eficaz.”
Miguita observa que a rapidez no atendimento, na realização do exame e no diagnóstico são fundamentais para eivar o risco de morte e preservar a vida do paciente. “Quanto mais rápido é o diagnóstico, melhor é o tratamento. Por isso é que os hospitais têm sempre um serviço de hemodinâmica com equipamentos modernos e médico de plantão, a fim de que o paciente seja imediatamente encaminhado para avaliação”, ressalta o especialista.