Confiança no olhar, firmeza nas palavras e uma capacidade imensa de pensar em alternativas que tragam bem estar a todos os seres. O nome dele é Arthur Resta, ele tem apenas 14 anos. Aluno do oitavo ano da Escola Lucas Araújo de Oliveira, o jovem estudante participou da Mostra Científica 2025, com o tema “Criando caminhos para a Sustentabilidade: Rumo à COP30”. Com a colega Manuela Dalenogare, criou uma cadeira de rodas para cães deficientes dentro do projeto EcoPet: mobilidade que sustenta vida. A invenção teve a orientação da professora Márcia Parizi, e conquistou o 1º lugar, na categoria Científica: Anos Finais.
Arthur tem um jeito especial de se comunicar, franco, sincero e acima de tudo comprometido com o bem fazer, o que encantou os ouvintes da Rádio Santiago, durante entrevista. Ele estava ao lado da professora Cristiane Severo, que fez questão de mais uma vez afirmar o quão importante é propor desafios aos alunos. “A capacidade desses alunos de desenvolverem ações relevantes é incrível, mostra que estamos caminhando juntos na construção de um mundo melhor, sem espaço para falta de esperança”.
O COMEÇO
E não tem como não se impressionar diante da determinação de Arthur e da motivação que o levou a criar a cadeira. O nome dele é Nenê, um cachorrinho idoso e cego que faz parte de sua vida a muito anos. “Amo o Nenê e foi tão bom ajudar ele a começar andar, mesmo que seja na cadeira de rodas”. E assim tudo começou, a ideia veio, e o trabalho de campo começou. Uma das fontes foi a ativista da causa animal e meio ambiente, Fátima Jussara (projeto Reciclão e Criação). Arthur entrevistou a Fátima, conheceu os cães paraplégicos que cuida, entre eles o Schumacher, que inclusive, foi piloto de teste do protótipo da cadeirinha feita somente de materiais recicláveis como tubos e tecidos.
Técnica, amor, criatividade, perseverança, estudo, informações, trocas e tudo deu certo, o EcoPet nasceu, a cadeira está criada e promete se espalhar para atender outros animais deficientes.
E o Nenê? Bom, ele está aprendendo a andar, precisa de tempo e paciência, mas isso Arthur tem de sobra e para ele é apenas o começo, já que pretende seguir em frente lutando pela causa animal e pelo meio ambiente.
O menino, que tem nome de rei, foi ‘mordido’, pelo sentimento do amor à todas as vidas, ele é mais um jovem que já está fazendo a diferença para tornar o mundo melhor.

Docelina Martins
23/07/2025 at 19:02
Escutei o programa, o Rei Arthur realmente sabe o que quer e onde quer chegar, deu para sentir seu amor pelo que se propôs fazer/estudar! Parabéns a ele, colega e professora. Parabéns Ieda Beltrão linda entrevista, recheada de amor e ternura.