Uma ex-titular da Secretaria de Bem-Estar Animal de Canoas, na Região Metropolitana, é investigada por determinar “matança desmedida de cães e gatos”, segundo a Polícia Civil. Nesta quarta-feira, ela foi alvo da chamada Operação Carrasco, deflagrada com objetivo de apurar supostas práticas de eutanásia ilegal de bichos.
A mulher foi exonerada do cargo em 18 de agosto. De acordo com a 3ª Delegacia de Canoas, ela fingia ser protetora de animais, ao mesmo tempo em que ordenava o abate destes em larga escala. A intenção dela seria economizar gastos e reduzir a lotação de abrigos.
Foram cumpridos seis mandados de busca em endereços ligados à ex-secretária e nos locais vinculados ao órgão. As apreensões somaram documentos, computadores e registros de entrada e saída de animais, além de informações sobre microchips implantados nos pets. O Instituto-Geral de Perícias (IGP) apoiou as diligências.
As equipes ainda localizaram cerca de 15 animais mortos, com carcaças envoltas em sacos plásticos, dentro de um freezer. Também foram resgatados, com vida, gatos que estavam em condições de maus-tratos e que eram mantidos em gaiolas.
De acordo com a delegada titular da 3ª DP de Canoas, Luciane Bertolletti, a ofensiva foi consequência de denúncias feitas por ativistas da causa animal. Eles relataram que mais de 20 bichos eram mortos semanalmente.
