Maria Eduarda Vieira é o nome de batismo de Emma Vieira, de 20 anos, a escritora que viralizou no fim de semana depois que o EXTRA divulgou o vídeo comovente dela relatando a ausência de público em sua primeira sessão de autógrafos na Bienal do Livro, no Rio de Janeiro.
Natural de Cachoeira do Sul, região central do Rio Grande do Sul, a jovem começou a escrever aos 14 anos, a partir de um sonho que a mãe, a dona de casa Carine Vieira, teve. Foi com essa ideia que ela deu início à história do seu livro de suspense e fantasia juvenil, “Os últimos mestiços”, que ela vendeu na Bienal. O livro foi lançado quando a jovem tinha 17 anos.
Emma é de família de classe média. “Meu pai não faz parte da minha vida, e minha mãe conseguiu sair da miséria e conquistar tudo o que tem agora. Ela investiu em aluguéis de imóveis até conseguir se estabilizar. É minha maior inspiração e sempre me ajudou muito no meu sonho”.
Prova disso é que Carine veio com a filha do Rio Grande do Sul para a Bienal do Livro, no Rio. A mãe custeou toda a viagem, como passagem, hospedagem, alimentação, no período de dez dias em que as duas ficaram na cidade.
A jovem escritora se inscreveu para realizar três sessões de autógrafos na Bienal. Emma lançou seu único livro por conta própria, sem editora, numa gráfica que produz publicações por demanda. Agora, ela planeja lançar uma segunda obra, que está em produção: um suspense e terror.
“Meu sonho é conseguir uma editora e poder um dia viver só da escrita”, diz ela, fã dos autores Raphael Montes, Arani Castelo, Holly Black e Stephen King.
Jovem vendeu 80 livros na Bienal
No último sábado, 21, após a publicação da matéria do EXTRA, Emma lotou o estande do Pavilhão 2 e vendeu todos os 30 exemplares disponíveis. Ontem, vendeu os últimos restantes.
“Esgotou. Vendi ao todo 80, por aí. Teve uns que vendi enquanto andava pela Bienal, durante a semana. E na sessão de quarta [após fazer o vídeo], vendi uns 20”, contou.
“Sinto que não ter desistido esses anos que corri atrás de oportunidades valeu a pena”.
