Com a chegada da Páscoa aumentam os casos de intoxicação em pets porque o chocolate está intimamente associado a esta data. Por isso, os tutores de cães e gatos precisam ter muita atenção para não deixar esta guloseima ao alcance deles.
Cães e gatos não são capazes de quebrar ou metabolizar a teobromina como os humanos e, por isso, ela acaba afetando as vísceras, o coração, o sistema nervoso central e os rins dos animais.
De acordo com a veterinária da DogHero, Amanda Peres, a teobromina pode ficar circulante no corpo do animal por até seis dias e sua eliminação é feita pela via hepática e não pela via renal. Já o nível de intoxicação vai depender da quantidade ingerida da teobromina e do porte do animal. Cães e gatos não são capazes de metabolizar a teobromina como os humanos e, por isso, ela acaba afetando as vísceras, o coração, o sistema nervoso central e os rins dos animais. “Estudos mostram que a dose letal varia de 100 a 200 mg/kg, ou seja, para chegar ao nível do pet vir a óbito, o pet não precisa ingerir uma quantidade exacerbada dessa substância“, alerta a veterinária.
Os sinais clínicos, como inquietação, hiperatividade e falta de coordenação, podem se manifestar de formas diferentes dependendo da quantidade ingerida por cada animal. Como não existe antídoto para a intoxicação por teobrominas, o tratamento se baseia nos sintomas apresentados. “É importante ressaltar que caso o animal apresente qualquer alteração comportamental neste período o ideal é que o tutor leve o pet ao veterinário imediatamente”, enfatiza Vininha F. Carvalho, editora da Revista Ecotour News.
O veterinário Luciano Granemann e Silva reforça que é importante tomar algumas precauções para evitar o acesso dos animais a essa guloseima, como não deixar o alimento à vista, em locais de fácil acesso, para que eles não comam escondido. Outro ponto de atenção é que quem tem crianças em casa precisa ficar atento para que elas não ofereçam aos animais o chocolate que estão comendo.
“Além do chocolate, evite também oferecer aos pets os pratos que for servir nas refeições da família na Páscoa, pois a sua ingestão também pode causar problemas gastrointestinais, como inflamação e fermentação. A ração é sempre o alimento mais adequado e completo do ponto de vista nutricional“, garante o veterinário.
“Para quem faz questão que o animal participe da festa, já existem empresas específicas que fabricam bombons em formato de ossinhos, biscoitos e até ovos de Páscoa que, conforme o indicado nas embalagens dos produtos, podem ser consumidos por pets“, finaliza Vininha F. Carvalho.