A inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) fechou março com alta de 0,56%, ante uma elevação de 1,31% em fevereiro, informou na manhã desta sexta-feira, 11, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Esse foi o maior IPCA para um mês de março desde 2003 (0,71%).
De acordo com o IBGE, no ano, o IPCA acumula alta de 2,04% e, nos últimos doze meses, o índice ficou em 5,48%, acima dos 5,06% dos 12 meses imediatamente anteriores. Em março de 2024, a variação havia sido de 0,16%.
Todos os nove grupos de produtos e serviços pesquisados apresentaram variação positiva na passagem de fevereiro para março, ficando entre o 0,10% do grupo Educação e o 1,17% do grupo Alimentação e bebidas, responsável pelo maior impacto (0,25 p.p.) no índice do mês, respondendo por cerca de 45% do IPCA de março.
Influências
O grupo Alimentação e bebidas acelerou de 0,70% em fevereiro para 1,17% em março, com a alimentação no domicílio registrando 1,31%. Contribuíram para esse resultado as altas do tomate (22,55%), do ovo de galinha (13,13%) e do café moído (8,14%). No lado das quedas destacam-se o óleo de soja (1,99%), o arroz (1,81%) e as carnes (1,60%).
A alimentação fora do domicílio (0,77%) também acelerou em relação ao mês de fevereiro (0,47%), com os subitens refeição (0,86%) e cafezinho (3,48%) mostrando variações superiores às observadas no mês anterior (0,29% e 0,47%, respectivamente). O lanche (0,63%) desacelerou em relação a fevereiro (0,66%).
Em Despesas pessoais (0,70%), grupo com a segunda maior variação no mês, o resultado foi influenciado pelo subitem cinema, teatro e concertos (7,76%), com o fim da semana do cinema que ocorreu em fevereiro.
No grupo Vestuário (0,59%), houve aumento nos calçados e acessórios (0,65%), na roupa feminina (0,55%), na roupa masculina (0,55%) e na roupa infantil (0,29%).
