Saúde

Dezembro Laranja: Rio Grande do Sul tem quase o dobro da média nacional de incidência de câncer de pele

Campanha reforça importância da prevenção e especialista do Instituto Kaplan/Oncoclínicas alerta dos mitos sobre o câncer mais comum no país

Foto: Divulgação

Dezembro é o mês dedicado à prevenção do câncer de pele, e os números do Instituto Nacional de Câncer (Inca) acendem um alerta especial para o Rio Grande do Sul. Enquanto a média nacional é de 101,95 novos casos por 100 mil habitantes/ano, para o Estado a incidência estimada é de 197,54 casos em 100 mil habitantes, quase o dobro da média brasileira.

A elevada incidência está relacionada principalmente à predominância de pessoas com pele clara, que produzem menos melanina, pigmento natural que protege contra os efeitos prejudiciais da radiação ultravioleta (UV). Outro fator é a exposição solar em atividades realizadas ao ar livre, de trabalho ou de lazer, sem a proteção adequada.

O câncer de pele não melanoma é o tipo mais frequente no Brasil e o oncologista clínico Tiago Giordani Camícia, responsável técnico do Instituto Kaplan/Oncoclínicas em Uruguaiana (RS), informa que apesar da grande incidência, tem altas taxas de cura quando detectado precocemente. Já o melanoma, embora menos comum, é mais agressivo e pode levar a metástases se não for tratado a tempo.

“A prevenção é o principal aliado. Medidas simples podem reduzir drasticamente o risco da doença”, destaca o oncologista. Além disso, Camícia enfatiza que é preciso evitar as falsas informações e, sempre que tiver alguma dúvida, procurar um especialista. “As lesões iniciais têm altíssimas taxas de cura e menor impacto estético quando tratadas rapidamente”, complementa.

Ele cita alguns mitos que não devem ser levados em conta:

·       Protetor solar é necessário só no verão. Isso é falso porque a radiação UV está presente o ano inteiro, inclusive em dias nublados ou frios.

·       Pessoas negras não têm câncer de pele. Também é falso porque embora o risco seja menor, ele existe e, muitas vezes, o diagnóstico ocorre tardiamente.

·       Bronzeado protege a pele. Falso porque o bronzeado é uma resposta de defesa do organismo a uma agressão solar. Cada vez que a pele se bronzeia, há dano celular acumulado. Câmaras de bronzeamento artificial são proibidas no Brasil, pois aumentam o risco de câncer de pele.

Saúde da pele

Mais do que um alerta, o Dezembro Laranja busca conscientizar sobre a mudança de hábitos e importância da atenção à saúde da pele. A prevenção, associada à informação, é a melhor forma de enfrentar esse tipo de câncer que, apesar de comum, pode ser evitado em grande parte dos casos. “Proteger a pele é um gesto de autocuidado diário. O sol faz bem, mas com responsabilidade”, reforça Camícia.

Entre as recomendações do oncologista estão:

·       Usar protetor solar diariamente, mesmo em dias nublados, com FPS mínimo 30;

·       Reaplicar o produto a cada duas horas ou após transpiração intensa ou banho;

·       Evitar exposição direta ao sol entre 10h e 16h;

·       Usar chapéus, óculos de sol e roupas com proteção UV em atividades ao ar livre;

·       Observar manchas ou pintas que mudam de cor, tamanho ou formato e procurar um dermatologista regularmente.

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