Polícia

Mais de 60 mortos em megaoperação no Rio de Janeiro incluindo policiais

Segundo a polícia civil, 81 pessoas foram presas e 42 fuzis foram apreendidos na ação

Megaoperação Policial nos Complexos do Alemão e Penha — Foto: Fabiano Rocha/Agência O Globo

Uma megaoperação das polícias Civil e Militar nos complexos da Penha e do Alemão, na Zona Norte do Rio, deixou quatro policiais mortos além de oito agentes feridos, na manhã desta terça-feira. De acordo com a Polícia Civil, 56 suspeitos foram mortos, dois deles da Bahia. Quatro moradores também foram atingidos. O objetivo da ação é cumprir mandados de prisão contra integrantes do Comando Vermelho (CV), 30 deles de fora do Rio, escondidos nos dois conjuntos de favelas, identificados pela investigação como bases do projeto de expansão territorial do CV. Até o fim da manhã, 81 pessoas foram presas e 42 fuzis foram apreendidos na ação, que mobiliza 2,5 mil policiais e também promotores do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco/MPRJ).

Governador do Rio justifica ação

Em coletiva no início desta tarde, o governador Cláudio Castro (PL) afirmou as autoridades estavam prontas para uma resposta armada das facções. “Estamos em estado de atenção e alerta para possíveis retaliações. Então, a polícia está toda na rua e todos os batalhões estão em prontidão. Já temos relatos deles tentarem fechar a Avenida Brasil, tentarem fechar outras vias para desviar”, afirmou.

Castro explicou que a operação Contenção é uma espécie de resposta. “Na verdade, essa operação tem pouco a ver com a Segurança Pública. É uma operação de defesa. É uma guerra que está passando dos limites. Talvez até deveríamos ter ajuda das Forças Armadas, das Forças Federais, mas não solicitamos para esta ofensiva porque já tivemos três negativas”, disse.

Conforme o governador, o estado do Rio mobilizou um aparato grande de policiais civis para a operação. “É uma operação que também tem muita tecnologia embarcada. Fizemos de tudo para evitar as áreas urbanas, conforme a estratégia elaborada pela Polícia Civil”, argumentou.

1 ano de investigação

A ação, que também conta com o apoio de promotores do Ministério Público Estadual, foi deflagrada a partir de mais de um ano de investigação e mandados de busca e apreensão e de prisão obtidos pela Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE).

Quem são os baleados

  • Marcos Vinicius Cardoso Carvalho – policial civil da 53ª DP (Mesquita) que era conhecido como Máskara. Ele morreu no Hospital estadual Getúlio Vargas
  • Policial civil da 39ª DP (Pavuna) – morto momentos após chegar ao Hospital Getúlio Vargas
  • Dois policiais do Bope também morreram
  • Três policiais civis — lotados na 38ª DP (Irajá), na 26ª DP (Todos os Santos) e na Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE) — ficaram feridos
  • Cinco policiais militares feridos
  • 56 suspeitos mortos, entre eles dois homens apontados como traficantes vindos da Bahia
  • Quatro moradores feridos

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