Cultura

Gênero musical ‘Bugio’ será Patrimônio Cultural Imaterial do Rio Grande do Sul

Foto: Divulgação

O Gênero Musical Bugio será o 5° bem registrado como Patrimônio Cultural Imaterial do Rio Grande do Sul, pela Secretaria de Estado da Cultura, por meio do Instituto de Patrimônio Histórico e Artístico do Estado – IPHAE. O reconhecimento ocorrerá nesta terça-feira, 12 de agosto, em Porto Alegre.

O trabalho iniciou em janeiro de 2022, quando os municípios de São Francisco de Assis e São Francisco de Paula foram desafiados a se unirem em busca do registro pelo Giovani Grizotti – Repórter Farroupilha.

O município de São Francisco de Assis organizou uma comissão através de decreto municipal composta por: Prescilla Silveira Saquett, Régis Gindri Lançanova, Valdevi de Lima Maciel e Fabiana Mazuco. Foram mais de três anos de envolvimento, pesquisas, entrevistas, sempre baseado nas obras de Salvador Ferrando Lamberti.

A origem não foi levada como principal objeto, e sim, o pertencimento e a memória para cada uma das regiões.

A região Missioneira – São Francisco de Assis contou que o gênero musical Bugio, criado pelo gaiteiro assisense Neneca Gomes, representa muito mais do que um estilo musical: é a expressão viva da identidade, da criatividade e da alma do povo de São Francisco de Assis. Com sua batida característica, marcada pela força da gaita e pelo ritmo singular inspirado nos sons da natureza e na rusticidade do campo e na imitação do animal, o Bugio nasceu no interior do município de São Francisco de Assis e agora ecoou por todo o Rio Grande do Sul.

Neneca Gomes, com sua genialidade e simplicidade, eternizou um modo único de fazer música, que logo se transformou em símbolo cultural da região. Sua criação deu voz à terra, aos costumes e ao cotidiano do povo gaúcho, especialmente dos assisenses, que hoje se orgulham de ter dado origem a um dos gêneros mais autênticos da música tradicionalista.

Reconhecer o Bugio como Patrimônio Cultural Imaterial do Rio Grande do Sul é, portanto, um ato de justiça histórica e de preservação cultural. Esse título garante que futuras gerações compreendam a importância dessa manifestação artística, valorizem suas raízes e mantenham viva a chama do tradicionalismo gaúcho. Para São Francisco de Assis, é também um reconhecimento do papel central que o município desempenha na história cultural do estado.

O Bugio é mais do que uma música: é herança, é orgulho, é resistência, é pertencimento. E Neneca Gomes, com sua gaita e seu talento, é o mestre que iniciou essa história que hoje pertence a todos os gaúchos.

Texto escrito pela comissão de São Francisco de Assis.

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