“O momento é difícil, mas estamos melhorando”. A afirmação é do cientista político Fernando Shüler, ao comentar sobre os desafios da crise brasileira. Segundo ele, a inflação, gradativamente está voltando para meta estabelecida pelo Banco Central.
A votação da PEC 241 ( que limita o gasto público) vai dar um novo impulso à recuperação da economia. Citou impeachment e pós-impeachment que influenciou muito na economia, já que os agentes econômicos demandam governabilidade e rigor fiscal, entretanto todo este processo só termina em 2018 com a realização de novas eleições.
Resolvida a questão política, a prioridade agora é o gasto público. Explica que o Brasil possui uma relação-dívida PIB muito alta para o padrão internacional, fazendo que os olhares se voltem agora, para a aprovação da reforma, como a PEC 241, já aprovada em primeiro turno na Câmara dos Deputados; dia 24 vai para o segundo turno e em novembro vai para o Senado.
Fernando Shüler observou que se o governo até o final do ano conseguir votar a Emenda Constitucional que limita o gasto público, o Brasil tende a ter um 2017 muito bom. Sobre o desemprego, Shüler disse que é causado pela crise sistêmica, ou seja: o cenário de incertezas levou às empresas a por o pé no freio, além da retração das próprias famílias. O Brasil segundo o cientista político caiu 3.1 em 2016 e a perspectiva é chegar em 2018 com 3 pontos positivo. Ressalta que o período de crescimento está iniciando e a hora é de voltar a acreditar. O último dado a ser melhorado é o desemprego, com a expectativa de crescimento econômico, em pelo menos de 1 a 2%.
Fernando Shüler foi painelista junto com Rafael Borin, Marcelo Portugal e Lucas Schifino, na última edição de 2016 do Giro pelo Rio Grande, ocorrida ontem no Círculo Militar de Santiago promovida pela Fecomércio com apoio do Centro Empresarial, que reuniu mais de 300 participantes, entre empresários e acadêmicos.