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04/04/2020 | 15h03min

Governo e UFPel assinam convênio para realizar testagem de coronavírus por amostragem

A pesquisa que estimará o percentual da população gaúcha infectada pela Covid-19 deve começar na próxima semana. Durante a realização de uma videoconferência nesta sexta-feira (3/4), o governador Eduardo Leite disse que as amostragens epidemiológicas sequenciais serão coletadas com apoio de cinco universidades, em um esforço coordenado pela Universidade Federal de Pelotas (UFPel) em parceria com o Estado. O convênio foi assinado nesta sexta.

 

“Essa testagem vai nos ajudar a entender o perfil da população infectada e em quais regiões a prevalência é maior. Aliados a outros dados, como internação em hospitais em leitos clínicos ou de UTI, os resultados mostrarão a evolução do vírus de forma mais consistente, e não apenas com a confirmação de casos”, explicou Leite. A partir do que for concluído, o governo poderá traçar políticas de distanciamento social e de reforço no atendimento hospitalar em regiões específicas.

 

Sob a coordenação do reitor da UFPel, Pedro Curi Hallal, o trabalho da epidemiologia da Covid-19 mobiliza um grupo de especialistas de outras quatro universidades federais no Estado – Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Universidade Federal de Santa Maria, Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre e Universidade Federal do Pampa.

 

O Estado já recebeu os testes, que foram enviados para Pelotas. A partir daí, será iniciada a etapa de coleta e de aplicação dos questionários nas regiões previstas pelo estudo, de maneira simultânea. Cada universidade parceira supervisionará uma região pré-determinada. As equipes que farão a testagem já estão em treinamento.

 

Dos 48,9 mil testes disponibilizados pelo Ministério da Saúde ao RS, 20 mil destinam-se à pesquisa, que ganhou notoriedade nacional e será replicada em outros Estados. Os testes já foram validados e estão sendo enviados para Pelotas. A partir daí, começa a etapa de coleta e de aplicação dos questionários nas regiões previstas pelo estudo, de maneira simultânea.

 

Diante da impossibilidade material de testar a população em geral (atualmente os diagnósticos são realizados em casos de internação), o estudo de prevalência da doença é um mecanismo seguro para estimar o percentual de infectados a partir de testes em pessoas selecionadas.

 

A ideia surgiu nas discussões internas do Comitê de Análise de Dados sobre a pandemia, instituído em março pelo governador, e que tem no comando a titular da Secretaria de Planejamento, Orçamento e Gestão (Seplag), Leany Lemos. "O Rio Grande do Sul não se guia por achismos. Estamos buscando, nas evidências, as melhores informações para tomar decisões bem embasadas. A pesquisa vai avaliar como estamos e projetar um quatro de evolução", descreveu.

 

Em videoconferência com o governador e com a secretária, o reitor Hallal detalhou como surgiu a ideia da pesquisa e quais são os principais objetivos do estudo. “Pensamos em retornar ao básico: pesquisa de campo. Temos de contar quantos casos temos dessa doença. Estudando 4,5 mil pessoas em todas as regiões do Estado, vamos saber qual percentual está infectado. Duas semanas depois, voltaremos às regiões, e entrevistaremos outras 4,5 mil. Serão quatro grupos de 4,5 mil entrevistados. Com a quantidade de infectados a cada momento, saberemos a velocidade com a qual a epidemia está se expandindo no Estado, além do percentual de infectados assintomáticos ou com sintomas leves”, elucidou.


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